Um dos maiores nomes da cena eletrônica mundial, o duo britânico Disclosure, que ficou famosa por causa do hit "Latch", de 2013, com vocais de Sam Smith, se apresenta no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (30), no Metropolitan, e em São Paulo no domingo (2), no Citibank Hall.
Howard e Guy Lawrence são irmãos e, segundo o primeiro, conseguem manter uma relação de harmonia, no geral. "Concordamos com a maioria das coisas, também brigamos, mas nada fora do normal. É uma relação muito intensa. Temos papéis dentro da banda. Ele cuida mais da produção musical, eu me concentro mais nas letras", explica Howard.
Os dois gostam muito de música brasileira, e até consideram incorporar alguns ritmos nossos em futuros projetos. "Gosto do balanço, da energia dos brasileiros. Já fazemos uma mistura do som negro da Motown com funk americano. Air, Daft Punk e Kraftwerk são algumas das nossas influências", admite.
Howard também fala sobre a relação entre a música eletrônica e as drogas. "Sabemos que as pessoas usam para viajar com o nosso som, não incentivamos isso, mas também não temos nada contra", afirma.
Marina Ruy Barbosa causou comoção ao chegar nesta sexta-feira (30) ao desfile da grife francesa Dior, no Museu Rodin, em Paris. Vestindo um modelo de alta-costura da marca, a atriz senta-se na primeira fila para conferir a primeira coleção assinada pela estilista italiana Maria Grazia Chiuri, ex-Valentino.
É, sem dúvida, o desfile mais aguardado da temporada de moda francesa, já que Maria Grazia é simplesmente a primeira mulher a assumir o comando da Dior desde sua fundação, em 1946. Ela ocupa o lugar que foi um dia de Yves Saint Laurent, Marc Bohan, Gianfranco Ferré, John Galliano e Raf Simons. Uma luluzinha no clube do Bolinha...
"Estou superanimada de estar presente neste momento histórico, pelo fato de uma mulher assumir uma maison tão importante, depois de quase 70 anos de hegemonia masculina na direção criativa", disse Marina depois de ser praticamente fuzilada pelos flashes dos fotógrafos internacionais na porta do desfile.
Marina desembarcou em Paris nesta quinta-feira (29) e passou o dia nos ateliês de diversas marcas francesas. "A moda na França é uma indústria colossal, mas ainda mantém a tradição dos ateliês, da valorização da mão de obra artesanal." À noite, ela jantou com o noivo, o piloto Xandy Negrão, no badalado restaurante L'Avenue. "Ele me fez uma surpresa e ficou uma noite só aqui em Paris, vindo da Alemanha. Adorei." A atriz ficará em Paris até a quarta-feira (5) para cumprir uma agenda intensa de desfiles.
Uma das turnês mais memoráveis de todos os tempos, documentada no filme Na cama com Madonna, de 1991, o show Blond ambition, da cantora, contava com sete bailarinos que, a seu lado, percorreram países da Europa e da Ásia e também diversas cidades americanas e do Canadá.
Agora, 25 anos depois, eles contam sobre a experiência de dançar ao lado da popstar e também mostram suas próprias histórias de vida no documentário Strike a pose, que será exibido na programação do Festival do Rio, dentro da mostra Midnight Docs, que começa no dia 6.
Dirigido por Ester Gould e Reijer Zwaan,o filme é estrelado por Slam, Kevin Stea, Carlton Wilborn, Jose Gutierez, Luis Camacho, Gabriel Trupin e Oliver Crumes, e já passou pelo Festival de Berlim no começo do ano. Os sete dançarinos ajudam a desmistificar assuntos como os direitos dos homossexuais, liberdade de expressão e o vírus da aids.
Ângela Vieira faz as vezes de narradora e também incorpora a própria Edna Savaget (1928-1998) no documentário Silêncio no estúdio, que passa a limpo a vida e a carreira da escritora, jornalista e apresentadora de TV. Ela iniciou a carreira como repórter policial do programa A noite, da Rádio Nacional, no final da década de 1940.
A semelhança entre as vozes de Ângela e Edna é impressionante, segundo a diretora Emilia Silveira. O filme, com estreia prevista para 2017, revela diversas histórias sobre os bastidores dos programas que Edna comandou na TV entre as décadas de 1950 e 1980. Personalidades como Fernanda Montenegro, Boni, Miele, morto ano passado, e Haroldo Costa ajudam a relembrar fatos ocorridos durante o período. A produção leva a assinatura da Setenta Filmes, GloboNews e Globo Filmes.
Quando começou a gravar a série Nada será como antes, no começo do ano, Letícia Colin não parou muito para pensar nas proporções que Julia, sua personagem, teria no programa dirigido por José Luiz Villamarim, que acaba de estrear. Afinal, é no terceiro episódio, que será exibido daqui a duas semanas, que sua personagem protagonizará um beijo daqueles com Beatriz, vivida por Bruna Marquezine.
A aguardada sequência será forte. "A gente fez um beijão, com paixão. Fizemos uns dois takes só. O Villamarim não é muito de repetir. Nunca tínhamos trabalho juntas, mas, durante as gravações, conversamos muito e ficamos amigas. Essa empatia ajuda muito em cena. E sou a favor da igualdade de direitos, da luta LGBT. É um trabalho do bem. Tenho orgulho de ajudar a reduzir o preconceito", diz Letícia.
A atriz se inspirou em Grace Kelly para compor seu visual nos anos 1950. "O tom do louro e a referência do estilo vieram dela. Nunca estive tão bem vestida na vida. Usei até um Chanel original. Não tinha vontade de tirar a roupa", brinca. E a atriz já aprovou o que viu até agora. "É uma personagem forte. Já fui mais crítica comigo. Neste caso, acho que fiz o melhor que pude."
Neta do lendário Jacques Cousteau, a ambientalista francesa Celine Cousteau desembarca no Brasil nesta semana para lançar no dia 5, em São Paulo, o documentário Tribes on the edge, rodado na Amazônia, e uma coleção de cristais feita para a Swarovski. O trabalho, inspirado na natureza brasileira, é resultado de suas viagens pela floresta.
"Cheguei ao Vale do Javari pela primeira vez em 2007. Em 2010, os indígenas me pediram que voltasse para fazer um documentário que realmente representasse sua história", conta ela. "O que mais me impressionou foi a conexão que os povos indígenas têm com a natureza. Eles sabem muito bem o que está acontecendo no mundo todo, sabem que, se deixarem estranhos entrarem para explorar o petróleo, será o fim de suas vidas porque os rios ficariam contaminados. Rios de água limpa são tudo para eles povos, e isso me tocou muito".
Marina Ruy Barbosa parou neste domingo (2), mais uma vez, as ruas de Paris ao chegar ao Hôtel Salomon de Rothschild para assistir ao desfile da grife Valentino. Num vestido nude bordado de linha da marca, ela sentou-se na primeira fila entre a editora de moda da Vogue Japão Anna dello Russo e a atriz francesa Ludivine Sagnier.
A coleção foi a primeira assinada em voo solo pelo estilista italiano Pierpaolo Piccioli - sua parceira há 26 anos assinou um contrato com a grife francesa Dior em julho, deixando a Valentino. O público aplaudiu de pé a apresentação, que trouxe vestidos diáfanos com bordados em linha inspirados nas pinturas do artista renascentista holandês Hieronymus Bosch, numa colaboração com a estilista inglesa Zandra Rhodes.
"Foi a mais linda coleção da maison", disse Marina. "O que mais me impressionou foi a combinação de cores, o rosa com vermelho, os amarelos ácidos com verdes ton-sur-ton. E adorei os bordados das jaquetas, bem street, as microbolsinhas que são estojos de maquiagem e os sapatos de bailarina de veludo".
No backstage do desfile, Marina conversou com Valentino Garavani, fundador da marca, que se aposentou da moda em 2008. "Hoje eu tive a honra de falar com esse verdadeiro monumento da moda. Sempre admirei muito o trabalho do Senhor Valentino, porque ele sempre respeitou e festejou a feminilidade".
"Ela é divina, uma princesa", respondeu Valentino. "Estou muito orgulhoso do trabalho do Pierpaolo, que continua o meu legado de maneira magistral. Eu amei todos os vestidos, que prezam o que eu sempre respeitei: a beleza das mulheres".
Desde sexta-feira, Marina cumpre uma longa agenda de desfiles na capital francesa. Ela fica em Paris até quarta-feira. "Eu tenho visitado os ateliês das marcas, conversado com os estilistas e realmente é emocionante ver, mesmo que superficialmente, o trabalho dos artesãos fazendo os últimos ajustes nas roupas antes das coleções".
E como foi a temporada com o noivo, o ex-piloto Xandinho Negrão? "Ele ficou rapidinho, mas já foi embora, porque tinha que trabalhar. Mas deu para aproveitar um pouco do romantismo de Paris, né". Marina deixou escapar um detalhe do casamento, marcado para o ano que vem: "Será bem discreto, com as pessoas que a gente ama e que nos amam".
Em seu primeiro single em inglês, "Best day of my life", Luan Santana divide os vocais com quatro cantoras de diferentes nacionalidades, a nigeriana Yemi Alade, a americana Jennifer Hudson, a inglesa Pixie Lott e a chinesa Tan Wei Wei. A música foi lançada recentemente no Morro Santa Marta, no Rio de Janeiro, onde painéis fotovoltaicos foram instalados para gerar energia solar para a comunidade.
"Foi difícil cantar em outro idioma, estou aprendendo a língua, mas é bom a minha voz ecoar nessa ação social", diz o cantor, que causou histeria em sua passagem pela favela. "O assédio nunca enche o saco. Me preenche, me completa, me faz ser o artista que sou." O novo trabalho, é claro, já aponta para uma nova direção na carreira de Luan, o mercado internacional. "Tenho muitos planos e quero colocar isso em prática a médio prazo, mas sempre priorizando a carreira no Brasil."
Estreante em novelas, Ricardo Vianna, o jogador de vôlei Giovane, de Malhação, teve uma preparação e tanto para encarnar seu personagem na nova temporada: ele foi à Espanha estudar interpretação ao lado do renomado Juan Carlos Corazza e acabou na mesma turma de ninguém mais ninguém menos que Javier Bardem.
"Foi uma experiência mágica fazer esse curso com o Corazza. E o Javier foi incrível. Ele foi o primeiro colega com quem tive contato. No primeiro dia, ele já chegou puxando papo, fizemos vários exercícios em dupla", conta Ricardo, impressionado.
Segundo o ator, o astro espanhol é muito acessível e simples. "Apesar de ser superpremiado, Javier é muito humilde. Eu ri quando me pediu um feedback sobre o que eu achava que ele poderia melhorar como ator. É um grande profissional, um ser humano espetacular", diz.
Leo Chaves, da dupla Victor & Leo, fará uma festança nesta terça-feira (4), para celebrar seus 40 anos. Mas o agito vai além: ele aproveita a ocasião para lançar o Instituto Hortense, do qual fará parte. A instituição beneficente vai atuar dentro das escolas, treinando professores com ferramentas de inteligência emocional. "Vamos ter conferências de inteligência emocional, educacionais; vamos treinar psicólogos e pedagogos para atuar dentro das escolas promovendo habilidades socioemocionais, mudando o quadro de uma geração que é escrava daquilo que ela mesma construiu", explica o cantor.
Com a chegada da nova idade, Leo queria fazer algo diferente. "Meu amigo, Gilmar, que é presidente do instituto junto comigo, sugeriu que eu fizesse algo especial. Logo surgiu a ideia de vendermos alguns ingressos da festa para conhecidos e doar esse dinheiro para algumas instituições. Eu não pensava em abrir o instituto na época ainda, mas com essa ideia dele eu passei a não dormir mais. Enquanto não descobri que esse bichinho realmente tinha me mordido, o bichinho da solidariedade, da generosidade, do altruísmo, da benevolência, eu não sosseguei", finaliza o cantor, que bateu um papo com a coluna:
Teve alguma crise com a chegada dos 40?
A vida propõe crises em todas as idades. A vida é cíclica, não vai ser diferente nos meus 40 do que foi em outras idades. Mas com o amadurecimento você aprende a lidar com as crises. A diferença não está em tê-las ou não tê-las, é em como você lida com elas. Sinto-me cada vez mais preparado e maduro para enfrentar esse desafio novo na minha vida, que é estar à frente do instituto, e os meus 40 anos, de certa forma, contribuirão com isso.
Como surgiu a ideia de criar o instituto?
Nos últimos anos venho me dedicando a fazer cursos voltados para a inteligência emocional, inclusive cursos de inteligência multifocal, PNL, gestão da emoção. Venho fazendo pesquisas, estudando um pouco de filosofia, e isso vem me trazendo algumas ferramentas de relacionamento profissional e pessoal que fazem a diferença no dia a dia. São ferramentas que não evitam problemas, mas o ensinam a lidar com eles. A questão não está em ter ou não os problemas, está no que você faz deles. Problemas a gente vai continuar tendo sempre, mas como você lida, como você os edita, é que faz a diferença na vida. Então, isso me fez querer fazer um projeto social para ampliar essas ferramentas, levar esses conhecimentos até as escolas, para a geração mais nova.
Estreia nesta segunda-feira (3), no Solar de Botafogo, no Rio de Janeiro, o ciclo de leituras teatrais que por anos tomou conta da Casa da Gávea, fechada recentemente. Com renda revertida para o Lar Maria de Lourdes, o evento, agora batizado de Todas as Noites São de Sonhos, vai receber semanalmente, às segundas, novos autores e tradutores com textos inéditos e clássicos da dramaturgia universal. E elencos de peso.
Para a noite de estreia, Nathalia Dill, Eduardo Moscovis, Johnny Massaro, Deborah Evelyn e Allan Souza Lima farão uma leitura dramatizada da peça De volta para casa, de Fabio Mendes, com direção de Sérgio Modena.
Ainda neste mês serão encenadas as peças Castelo de areia, de Gustavo Pinheiro, com Julia Rabello e Erom Cordeiro no elenco, no dia 10, e Quando eu for mãe quero amar desse jeito, de Eduardo Bakr, com Nathalia Timberg, no dia 17. A iniciativa partiu de Vânia Ferreira e Athenea Bastos, da Casa Onze Produções, que se uniram ao produtor de elenco Guilherme Gobbi. Para adquirir ingressos, basta doar alimentos não perecíveis ou fraldas geriátricas (tamanhos M, G ou GG).
Canceriana clássica, "muito amorosa", como ela mesma diz, Emanuelle Araújo emprestou algumas de suas características para Yara, a personagem que vai interpretar em A lei do amor, a partir da segunda fase. Ela será uma espécie de braço direito de Helô, vivida por Cláudia Abreu.
"Ela é tipo uma assistente, são muito amigas e confidentes. Yara tem três filhos. A menor tem problemas congênitos, respiratórios. Ainda assim, isso não tira o alto-astral dela, que é de bem com a vida, conselheira. Eu sou boa de conselho também, mas depende do que a pessoa quer. Yara tem muitas coisas minhas", conta Emanuelle, que será casada com Misael, vivido por Tuca Andrada na trama.
Paralelamente à novela, Emanuelle está divulgando seu primeiro álbum solo, O problema é a velocidade. A atriz e cantora está lançando um novo single, "Para o grande amor", que acaba de ganhar um vídeo. As imagens foram gravadas em São Paulo durante a produção da capa do álbum.
"Fui atrás dessas canções da forma mais artesanal possível. É uma busca muito própria e íntima. A minha banda que toca no CD é feita de amigos", conta Manu, que anda numa fase muito zen, apesar da "bombação" dos trabalhos.
"Sou a buscadora da paz de espírito. O mundo anda muito louco. Você precisa se interiorizar, ver a meditação, buscar o autoconhecimento, ter equilíbrio. Não adianta ficar julgando. Prefiro criar meu estado para agir da melhor maneira diante disso", ensina.
Sucesso nos anos 1990 e início dos anos 2000, Ludmila Dayer estrelou uma temporada de Malhação e foi destaque em novelas como Corpo dourado e Senhora do destino. Mas há dez anos a atriz mora em Los Angeles, nos Estados Unidos – seu último trabalho na Globo foi no seriado Louco por elas, em 2013. Ludmila chega ao Brasil neste mês para lançar seu canal no YouTube, em que mostra suas aventuras nos quatro cantos do globo.
"Eu tento mostrar para meus seguidores o mundo através dos meus olhos. Sem frescura e de forma leve, com muita alegria. Alguns dos episódios foram criados com a ajuda dos meus seguidores, através de dicas e pedidos", diz ela, que aproveitará sua temporada no Brasil para gravar algumas matérias, inclusive na próxima edição da São Paulo Fashion Week.
E se engana quem pensa que Ludmila tem uma grande equipe por trás da produção de seus vídeos. O conteúdo é dirigido, roteirizado e editado por ela mesma. "É um canal em que existe uma relação direta com o espectador. A tecnologia revolucionou a indústria da comunicação, e com a globalização estamos todos cada vez mais interligados”, afirma ela, que está com um projeto que a realiza na vida profissional e também segue com a vida pessoal em um ótimo momento.
Em maio a atriz disse “sim” e trocou alianças com um empresário britânico, numa cerimônia intimista, à beira de uma cachoeira no Colorado, Estados Unidos. “Estou feliz e em paz com minha vida pessoal, isso me deixa com mais energia para focar no meu trabalho. Eu tenho muita gratidão, a vida tem sido tão boa comigo”, finaliza.
Um dos ícones da música pop brasileira, Lulu Santos, de 63 anos, volta a comandar, ao lado de Carlinhos Brown, Michel Teló e Claudia Leitte, a comissão julgadora do The voice Brasil, que inicia nova temporada nesta quarta-feira (5), na Globo. "É um jogo e como é gostoso jogar. Tenho conhecimento e posso opinar e interferir, porque é minha área", diz ele. Contudo, o cantor e compositor revela que já perdeu noites de sono por causa dos candidatos. "As batalhas são cruéis. Já me arrependi de críticas", confessa ele, que, mesmo assim, não liga para os haters da internet. "Odientos odeiam. Para que discutir? Não vale o tempo e a energia", ensina.
Há rumores que existem desentendimentos nos bastidores...
Jura? Somos colegas e bastante colaboradores, mas, sobretudo, nos respeitamos. Acaba que vira meio que uma família. Há quatro anos passamos o Natal juntos, por exemplo. Nossa troca é normal, boa mesmo. Acima de tudo, somos profissionais e adultos, né?
Por que você continua no programa?
Pelo fato de que a música é o prato principal. Uma das coisas mais bacanas que é a oportunidade que o programa dá. A Lucy Alves, por exemplo. Quando ela pisou no palco já estava pronta para o estrelato. Não ganhou, mas levou. O The voice funciona como uma rampa também. Mas já perdi noites de sono assaltado por dúvidas. Na época da final, todo mundo tem opinião e trafegar em aeroportos se torna complicado.
Seu estilo é muito comentado. Qual é sua relação com a moda?
Pop e moda andam juntos desde os terninhos faux-courrège dos Beatles ao decantado Givenchy dress da Queen Bey, passando por Bowie e Prince e, certamente, as calças modelos da Ternurinha e Tremendão. Sou dessa mesma tradição, gracias!
Como se sente aos 63 anos?
Nunca estive tão bem, equilibrado e feliz, ainda que o quadril, o joelho e o tornozelo do meu lado esquerdo [o lado do corpo da guitarra], às vezes, deem uma reclamadinha. O que mais me incomoda é que é bem mais difícil perder peso [risos].
O que pensa sobre a crise política do país?
Nestes 63 anos, acho que vi alguns dos piores pedaços nos últimos dois anos. Tem esta frase que alguém falou para o W. Bush ainda em campanha do segundo mandato e que acho que diz tudo: "It's the economy, stupid!" [ É a economia, bossal!]. Olhe para os indicadores econômicos para saber claramente a quantas anda a condução política.
Ivete Sangalo, Daniel, MC Guimê, Jorge Aragão e outros artistas participam da campanha #juntosparasempre, que incentiva a doação de órgãos e acaba de ser lançada. No Brasil, existem atualmente mais de 50 mil pessoas à espera de um doador e esse número só aumenta ano a ano. "O crescimento negativo vem muito da recusa dos familiares em autorizar a retirada de órgãos de um ente querido que tenha sido diagnosticado com morte cerebral, por exemplo, mesmo que esse seja o desejo expresso do doador. Esse quadro precisa mudar", alerta Daniel. "Isso representa mais de 44% de possibilidades que são perdidas", afirma Bruno Saike, um dos idealizadores da campanha.
Lá se vão quatro anos que a criação da Lei Carolina Dieckmann, que promoveu alterações no Código Penal Brasileiro, tipificando os chamados delitos ou crimes informáticos, foi sancionada. O caso da atriz, que teve fotos suas nuas vazadas, roubadas de seu computador em caso que chocou o país, foi determinante para trazer a questão à tona. "Só quem passou por uma situação como essa sabe, pode avaliar isso", diz a atriz, que atualmente mora em Miami e já declarou ter triplicado a atenção com seus equipamentos como celular e laptop.
O projeto de que resultou na lei foi proposto em referência à situação específica experimentada pela atriz, em maio de 2011, que teve copiadas de seu computador pessoal 36 fotos íntimas, que acabaram divulgadas na internet. A lei vem recebendo críticas de juristas, peritos, especialistas e profissionais de segurança da informação, pois seus dispositivos são amplos, considerados confusos, e podem gerar dupla interpretação, ou mesmo interpretação subjetiva. Mas inegavelmente é o início de um caminho.
"A lei em si já é um avanço, porque quando aconteceu aquela situação comigo eu não tinha a quem e nem como recorrer. Acho que estamos no caminho", finaliza Carolina, em entrevista à coluna.
Nos mesmos moldes do show intimista Tears of a clown, que Madonna promoveu no início do ano, após o fim da Rebel heart tour, na Austrália, a cantora dediciu fazer uma nova apresentação, de caráter beneficente, no dia 2 de dezembro, em Miami Beach, no Faena Forum. Ao que tudo indica, ela vai cantar sucessos e lados B da carreira em formato acústico, como já havia feito.
No entanto, o cartaz de divulgação, muito similar ao anterior, com a cantora vestida de palhaço, apenas convida para "uma noite de música, arte e traquinagens com performance ao vivo de Madonna". A renda revertida será enviada para o Malaui e os ingressos variam de US$ 5.000 a US$ 150.000. Quem optar pelo valor mais alto será recompensado: terá o direito de fazer um selfie com a megastar nos bastidores.
Recentemente escolhido o festival número um do mundo pela revista especializada DJ Mag, o Ultra deixou os fãs de música eletrônica brasileiros apreensivos nos últimos dias. Tudo porque o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Iphan, queria impedir a autorização da edição brasileira do evento, marcada para os dias 14 e 15 na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro. O instituto alegava que “seriam prejudicados a fauna, a flora, além do prédio do Museu Nacional e seu delicado acervo arqueológico, que ficariam expostos à vibração do som".
Mas a organização recorreu da decisão e o evento acaba de ser autorizado. "O festival Ultra Brasil confirma sua realização. Após a liberação da prefeitura, o trabalho de montagem dos palcos já foi retomado. O evento receberá até 25 mil pessoas por dia, todas as precauções para a preservação da flora, fauna e acervo histórico do parque estão sendo tomadas atendendo às exigências dos órgãos competentes", diz o comunicado enviado à coluna pela organização.
Nascido em Miami, em 1999, com nome inspirado no álbum homônimo do grupo britânico DepecheMode, o importante festival acompanhou a evolução da música eletrônica, do underground ao mainstream. Símbolo de uma indústria que hoje movimenta milhões de dólares, já teve edições na Espanha, na Argentina, na Tailândia, no Japão, nas Filipinas, no Peru e no Chile. A próxima edição brasileira – a primeira no Rio – reunirá 60 artistas do gênero, de Carl Cox a Steve Aoki, passando por Above & Beyond, Hot Since 82, entre tantos.
Chovia torrencialmente instantes antes de começar a 15ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, considerado o Oscar nacional, na noite da terça-feira (4), no Teatro Municipal, no Rio de Janeiro. Muitos convidados tiveram de comprar guarda-chuva na fila do tapete vermelho. Dira Paes, indicada ao prêmio de Melhor Atriz, quase ficou encharcada.
Ela comentava o bom momento do cinema brasileiro. “Está na hora de torcermos para a Sonia Braga ser indicada como Melhor Atriz no Oscar”, disse Dira sobre Aquarius, filme que acabou ficando de fora como indicado brasileiro para tentar uma vaga na premiação da Academia.
Com a novela Velho Chico recém-terminada, na última sexta-feira (30), o assunto girava em torno da morte de Domingos Montagner. “O Brasil chorou. Ele era muito querido por todos, tentamos gravar as últimas cenas com leveza”, contava Dira.
Do outro lado do foyer do Municipal estava Regina Casé, com o filho, Roque, de 3 anos, no colo. Ela queria que ele a visse recebendo o prêmio de Melhor Atriz, mas o menino dormiu antes do fim da cerimônia. “Eu recebi por delivery a maioria dos prêmios internacionais, estava trabalhando e não pude ir a vários lugares. Hoje espero poder receber, enfim”, brincava Regina, vencedora por Que horas ela volta?.
No palco, com o troféu Grande Otelo na mão, ela anunciou que estava para voltar ao cinema. “Há umas duas semanas a Anna [Muylaert] me ligou e falou que tinha um outro filme para a gente fazer. Eu estava com saudade de ser atriz”, revelou Regina. Anna, que dirigiu Que horas ela volta?, também levou os prêmios de Direção, Roteiro Original e Filme. Ao todo, o longa-metragem venceu em sete categorias.
Além dele, Chatô – O rei do Brasil, de Guilherme Fontes, também se consagrou em outras cinco categorias, incluindo Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Ator para Marco Ricca. “Muito obrigado, essa é a realização completa da minha vida. O filme demorou mais tempo do que eu gostaria. Quero dedicar a toda a minha equipe”, disse Fontes, arracando aplausos e risadas da plateia, já que o longa-metragem demorou 20 anos para ser lançado.
Outro ponto alto da noite foi a homenagem a Daniel Filho pelo conjunto da obra. Gregório Duviver, um de seus enteados, comandou o tributo, que contou com depoimentos divertidos de Débora Bloch, Dennis Carvalho e Renato Aragão. O tom político também deu o tom da cerimônia. Houve muitos “fora, Temer” nos discursos dos vencedores e, inclusive, coro da plateia. Cris Vianna e Fabrício Boliveira foram os anfitriões da longa noite.
Formada em artes cênicas, Luiza Possi relutou em atuar e acabou seguindo os passos da mãe, Zizi Possi, na música. Mas agora ela faz sua estreia em cena no musical Divas, que estreia na sexta-feira (7), no Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo. “Coloquei esse meu lado atriz embaixo do tapete por muitos anos. Onde eu puder compartilhar mais luz, que eu vá: seja cantando, atuando ou fazendo tudo ao mesmo tempo”, diz. No espetáculo, interpreta a vocalista de uma banda chamada Divas, formada com duas amigas de infância, vividas por Jeniffer Nascimento e Nikki – finalista da quarta temporada do The voice.
“Aqui no Brasil, por muitos anos, ser diva era sinônimo de solidão. Basta lembrar Dalva de Oliveira e Maysa, entre outras, que tinham poder no palco, mas não fora dele. Lá fora, Maria Callas terminou sozinha, dando aulas de piano. Whitney Houston, Diva com D maiúsculo, morreu só, de forma trágica. Me identifico mais com Beyoncé, Diva no palco e na vida”, afirma Luiza, que, ao ser perguntada sobre quem são as maiores representantes do gênero no país, tem a resposta na ponta da língua. “Minha mãe e Maria Bethânia são hors-concours, têm uma postura e um magnetismo impressionantes.”
No palco, Sofia (Luiza Possi), Mariah (Nikki) e Cecília (Jeniffer Nascimento) vivem três melhores amigas que formaram uma girl band na adolescência, se reencontram num reality show e precisam enfrentar as diferenças do passado e competir entre si. Dirigido por Jarbas Homem de Mello, o espetáculo traz grandes sucessos musicais das décadas de 1970 até hoje, que ganharam o mundo nas vozes de estrelas como Céline Dion, Madonna, Cher, Whitney Houston, Donna Summer, Mariah Carey, Shakira, as Spice Girls, Christina Aguilera, Beyoncé, Britney Spears, Jessie J, Rihanna, Toni Braxton e Lady Gaga.
“Tem vários tipos de divas. Até conversei com minha terapeuta sobre isso. Tem a diva depressão, que sempre se isola, faz as coisas para ser aplaudida e não para compartilhar. Aqui no Brasil, por muitos anos, diva foi sinônimo de solidão. Mas isso mudou: as divas de hoje são solares tanto dentro quanto fora de cena”, finaliza Luiza Possi.